quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Mercados Financeiros Fevereiro 2012

Lençol de liquidez

Os bancos centrais estão a promover a resolução da crise de endividamento global mediante o fornecimento estrutural de abundante liquidez, a qual permite assegurar níveis de taxas de juro, de curto e longo prazo, reduzidas. Por conseguinte, garante-se serviço de dívida compatível com as possibilidades reais de estados, empresas e famílias, gerindo-se sem rupturas a crise do endividamento global. Deste modo, evitam-se novas recessões, mas pode-se assistir a ritmos de crescimento económico igualmente baixos e prolongados. As taxas de juro são suficientemente baixas para impedir uma catadupa de incumprimentos e insolvências, mas a dívida acumulada impede a realização de novos projectos de investimento, de políticas orçamentais expansionistas ou de ampliação do consumo privado; condicionando negativamente o crescimento económico. Acreditando num cenário de cristalização da estabilidade económica conjugado com estabilidade institucional na Europa no âmbito do euro, o excesso de liquidez proporcionado pelos bancos centrais favorece os activos mais arriscados, podendo prolongar períodos de valorização de acções ou de dívida pública das economias mais acossadas pela crise da dívida soberana. Esta solução possibilitou um processo de desalavancagem suave no passado, designadamente no Japão na segunda metade da década de 90 e no Reino Unido no início dos anos 80.

A publicação deste mês disponibiliza três novos artigos de Opinião «Saldo Orçamental em 2011 e Perspectivas para 2012» e «A evolução recente das necessidades de financiamento da economia portuguesa e como foram satisfeitas» e «Grécia, Irlanda e Portugal - A dimensão do ajustamento nos países intervencionados». 





fonte: Banco BPI

Sem comentários:

Enviar um comentário